sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Erros VS Imposto

Por vezes fico indignado com o que leio em cartazes ou simplesmente em folhas informativas de estabelecimentos comerciais, ou mesmo naqueles malditos papelinhos que nos colocam no pára-vidros do carro. Mas o que me entristece ainda mais, é ver nas instituições públicas ( escolas, repartições de finanças, hospitais, centros de saúde...) cartazes cheios de erros. Supostamente, quem trabalha numa instituição pública tem alguma literacia, ou estarei errado? Não sou letrado nessa área, mas penso que domino muito bem a Língua Portuguesa. Se eu fosse Chefe de algum Governo, promulgava uma Lei contra esses erros de palmatória, como os meus professores de LÍngua Portuguesa diziam, fazendo com que os responsáveis por esses cartazes, que assassinam a nossa Língua, pagassem uma coima por cada erro afixado nesses cartazes.
Será que encontro alguém que pense da mesma maneira que eu? Até hoje... ninguém! Por vezes ainda me criticam dizendo: «Olha só para onde foste olhar...». Mas continuarei a batalhar contra este facto.

sábado, 7 de agosto de 2010

Quem não tem cão...

... caça com gato, como diz o ditado popular. O problema, é quando as pessoas têm cão e querem caçar com o gato. Provavelmente a caçada até terá os seus frutos, mas o que sentirá o cão sendo atirado para o canto como se de um farrapo velho se tratasse? Já imaginaram a dor de um cão sabendo que o lugar dele é ocupado por um gato? Logo por um gato!! É de surreal, eu sei. Tudo tem um sentido na vida! Todos, mesmo os animais, têm os seus deveres e obrigações já estipulados pela lei da vida ou pela sociedade.
E se , tendo nós cães, lhes déssemos o devido valor? Fica o repto!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Estafante

Esta, foi uma semana estafante, desgantante quer psicológica quer fisicamente. Amanhã é outro dia. Praia para recarregar baterias. Vens?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sidewalk

Por vezes sinto as negras e gastas pedras da calçada, como as da minha aldeia, a levantarem-se do chão com tamanha força, querendo-me apedrejar com violência, derrubando-me sem piedade e compaixão. Mas o que essa calçada não sabe, é que, por mais violência que use, por mais artimanhas que faça para me tentar atingir, não conseguirá, pois tenho bons reflexos, e desviar-me-ei delas como o cão se desvia do gato quando estão em eminência de se cruzarem.
Poderei ficar impotente, inerte, rodeado por elas, esperando que me atinjam. Acontecendo, batam na cabeça e no peito, pois assim deixarei de ser eu, para me tornar num igual a elas.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Jos menem?

Nem eu sei. Só espero que para um sítio onde possa vislumbrar um por do sol como este.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Yesterday night

Nada melhor que uma brisa nocturna, com o mar a romper a visão e uma companhia muito agradável, para se passar a noite...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Adversidades

As adversidades da vida são muitas, mais do que aquelas que nós pensamos ou imaginariamos ter na nossa vida. É um conjunto de situações que nos fazem pensar na vida, no que ela representa para nós. Quando as pessoas que nos rodeiam não respeitam o nosso trabalho e quando o mesmo não é erconheciddo, pese embora todo o esforço, dedicação, contribuição por um projecto que afinal de contas também é meu... Sinto que estou a remar, quase sem forças físicas e psicológicas contra uma situação que não irá modificar tão cedo. que remédio senão aguentar toda esta pressão, pois sou forte o suficiente para resistir a estes obstáculos, como o alpinista resiste ao subir à mais alta montanha.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Disappointed

Sometimes I'm desappointed and saddened by the attitudes of people I love. But the problem must be mine...
Stop seeing only your side, please!!!

sábado, 24 de julho de 2010

Agradável

A semana foi de muito trabalho, mas as noites têm sido tranquilamente quentes e agitadas. Depois de termos ido tomar café à beira mar, alguém decidiu levar-me a um sítio que, segundo as suas palavras, era um sítio agradável e que eu iria gostar. De facto, o jardim que antecede o bar era muito agradável, embora pouco iluminado. Batemos à porta! Entrámos! Sorri para não rir, pois o bar estava vazio,e assim se manteve até nos retirarmos, apenas o funcionário e a nanorada, nós e o imenso cheiro a mofo que se misturava com o cheiro a madeira velha. O espaço é agradável, mas muito retro, com direito a palco onde o DJ coloca música.
Foi um serão agradável, entre sorrissos, conversas sérias e brincadeiras.
De mofo a minha vda não tem nada, janelas sempre abertas para que as ideias e sentimentos fluam...

terça-feira, 20 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

FDS

Não, o título desta postagem não é «foda-se», mas sim fim-de-semana (risos). Ando muito eufórico, digam lá que não. Na realidade tenho motivos para isso, pois o fim de semana foi de concertos que se prolongaram pela noite dentro. Resultado: uma dor enorme nos pés e nas pernas, mas nada que não fosse suportável. Hoje, esperava fazer um pouco de praia. Esperava, pretérito mais que perfeito... porque na realidade a pessoa com quem deveria ter passado uma tarde agradável, esteve com a cabeça na almofada até às 18h, enquanto eu vegetava em casa como uma alface...
Espera-me uma semana em grande, com muito trabalho , mas a recompensa chega no final do mês, e todos os dias à noite.
Boa semana de trabalho para todos!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dasse

"Dasse"...
Parvo, eu? Não!! :)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ressaca


Enquanto uns estão a curtir a ressaca da folia da noite de São João em casa, na praia ou numa esplanada, outros estão a trabalhar: EU!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

São João

Que saudades eu tenho da noite de São João na Cidade Invicta do Porto: a multidão que sai às ruas, os bailaricos em quase todas as esquinas da Cidade, os martelinhos, o alho porro, o cheiro característico das sardinhas assadas e, claro, os mangericos.
Que o São João, que era careca, segundo reza a cantiga popular, não deixe que as nossas carteiras fiquem carecas...
Bom São João para todos.

sábado, 19 de junho de 2010

Sexta

Nada melhor que uns whiskies, bem acompanhado, para desanuviar a tensão do dia de trabalho: mau ambiente no gabinete e reunião de 2h.
E quando se exagera um pouco na bebida, depois de um jantar de pouco sustento, o muito sustento que que nós precisávamos ficou para hoje, com mais apetite e vontade de um "jantar" melhorado à luz de velas... :)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Hei!

Olen kunnossa. Hyvää! Jonakin päivänä menen kotiin!
Kaikki on hyvin!

Gostavam, não gostavam?

Magnífico!

domingo, 25 de abril de 2010

36 anos de 25 de Abril

Sempre 25 de Abril! Que o seja todos os dias em todos os momentos da nossa vida!


As portas que Abril abriu

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais feliz
dos povos à beira-terra.

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raíz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinhiero estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos dos passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.

Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.

Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.

Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.

Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas tabém tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com a que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
- pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
- é a força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados "páras"
que não queriam o degredo
de um povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma razão
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.

E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua prórpia pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo de mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas era olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que desbobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideias
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio faziam
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
- cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabrões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os genarais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
apenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opões àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
- Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
Em em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
de um país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua prórpia grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viesses ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
e ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisa em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!

José Carlos Ary dos Santos
(Lisboa, Julho-Agosto de 1975.)

Job description...

Há uns dias a esta parte não consigo deixar de pensar em acontecimentos e factos, não que se passem com a minha pessoa, entenda-se, que entram pelos meus ouvidos como farpas bem aguçadas, que depois fazem com que o meu pequeno cérebro não deixe de pensar neles, talvez por ferirem a pouca alma que me resta... Ouço histórias (ou serão estórias?) de sucessos (ou pseudo-sucessos) sociais e profissionais que algumas pessoas atingem sem nada fazer, sem um pequeno esforço para mudar de vida, mas que tudo lhes vem parar às mãos. Não pensem que é inveja ou que estou a fazer juízos de valor depressiativos, apenas estou a fazer constatacões. Olhemos para os jogadores dos vários clubes e das várias modalidades desportivas... Pensemos nos imensos cantores portugueses, nos manequins, em alguns funcionários públicos, em alguns apresentadores de programas de entretenimento de tv... Pergunto: qual será a formação académica da maioria deles? Que cultura geral possuem? Não irei responder, fica ao critério de cada um em especial. Mas são essas pessoas que ganham não sei quantos ordenados mínimos por mês, são essas pessoas que são convidadas para festas e eventos sociais. Contudo, também são essas pessoas que fazem cada figurinha... sempre em escândalos... sempre com algo nas suas vidas para aparecerem nas revistas cor de rosa... E agora pergunto: onde fica o bom senso dessas pessoas que muitas vezes se ridicularizam e nem sabem estar em sociedade? Onde está a sensatez em vez de pensarem que têm o rei ou a rainha na barriga? Onde está a simplicidade dessas pessoas? Penso e pensarei neste assunto, pois se é por terem uma cara e um corpo bonitos ou engraçados... terei de refazer os meus conceitos de beleza...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nada de nada


Não é que seja preguiçoso, mas hoje não tenho nada para fazer, aliás, nada me dizem o que fazer.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Inveja

Sinto a presença de uma nuvem bem carregada por aqui.... Inveja? Não têm de ter, até porque não faço nada senão aquilo que me mandam fazer... Mas o certo é que inveja atrai mau ambiente e negativismo. Vou ter de tomar um banho de sal grosso como dizem por aí, ou seguir em frente e cagar no resto? Tenho a hora de almoço para reflectir...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Leio...

... Ouço... e cada vez mais chego à conclusão da falsidade das pessoas... Dizem para ficar bonito, para as poderem gabar, porque os amigos até acham graça... A mim, parece-me totalmente descabido e falso. Fica na consciência de cada um em particular e de todos em geral... Irritam-me pessoas dessa estirpe...

Quase


Só mais umas horas de espera! :)

Words

Por vezes fico a pensar nas palavras e no seu significado. Palavras que me foram proferidas, escritas... Palavras que no conjunto me transmitem uma mescla, uma panóplia de sentimentos... Muitas delas foram apagadas do meu dicionário, outras ficaram cravejadas no meu peito, sem que me pedissem autorização para permanecerem... Palavras que nunca esquecerei, e por isso, não mais voltarei a ser o mesmo...
Hoje, as palavras que ouço diariamente são totalmente contrárias às que ficaram cravejadas em mim. Palavras que me invadem a todo o instante, que me dão forças, que me querem bem... e é com essas palavras, que todas juntas me transmitem uma ideia, um pensamento, que quero peermanecer... são a minha derme, fazem parte integrande de mim, da minha pessoa, do meu ser... Quero-me embrenhar nessas palavras... Quero senti-las... Quero vivê-las... Quero que façam parte do meu vocabulário e da minha vida... As anteriores levou-as o vento!...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Monstro

E quando a noite chega, se desliga o pc, a luz e a tv, parece que somos vigiados pelo monstro escuro que desce sobre nós, directamente do tecto, e fica a observar-nos para nos poder atacar quando estivermos mais frágeis e vulneráveis pelo sono. Mas esse sono tarda, pese embora o cansaço corporal e mental... Fixo o olhar na imagem de pau preto que tenho por cima do camiseiro: - ela nada me diz, todavia, continuo a fitá-la no escuro do meu quarto. Sinto o respirar do monstro na minha nuca. Não tenho medo. Quanto mais próximo de mim ele está, mais força eu tenho para olhar a luz da lua, que outrora foi minha madrinha, que silenciosamente entra pela fresta da persiana. Neste momento o meu mundo é essa fresta. A luz fusca que faz com que o monstro recue no seu ataque.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quem come...

Enquanto tomava o meu café matinal, sim, eu preciso de um café logo pela manhã, não para acordar nem ficar bem disposto, mas porque gosto de café,ouvi uma expressão que me deixou a pensar, a qual partilho aqui sem qualquer comentário, pois a expressão é esclarecedora por si só:
«Quem come a carne que coma os ossos».

domingo, 4 de abril de 2010

Domingo de Páscoa

O dia começou bem cedo para os últimos preparativos esperando a família que chagava aos poucos, e para receber a visita Pascal com o anúncio da vitória da vida sobre a morte. Domingo de Páscoa é sinónimo de família, de alegria, de receber visitas e de visitar os nossos amigos e familiares que praticamente só vimos uma ou duas vezes por ano... Dia também de exageros alimentares... A importância de um Homem é tão grande, que por Ele, os valores e os laços familiares se tornam mais fortes e mais enriquecedores. E ver a crianças em casa, impacientes, à espera que os padrinhos lhes levem o folar, é um ritual que ainda hoje perdura nos nossos tempos... Que a alegria da Páscoa viva sempre em nós.

Ressurrexit! Aleluia!

Que Ele viva sempre no mais íntimo do nosso ser!

Uma Santae Feliz Páscoa para todos!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Cansado

Para além de acordar revitalizado, o corpo sente algum cansaço acomulado. O que me vai dando forças e energias é que estou de bem com a vida, comigo mesmo e com as pessoas que me envolvem nas suas vidas, projectos e planos. Vivo um dia após o outro (carpe diem), mas em algumas situações gostaria de viver os meus dias em pleno, cheios de emoções, sensações e presenças que me fazem falta... Sinto cansaço corporal, mas os neurónios continuam vivos e recomendam-se. :)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dia do Pai - ao meu R.

«Só sentimos falta quando não temos... ». Frase de uma amigo de longa data que ficou retida na minha memória... Mesmo tendo dado todo o carinho e atenção ao mei pai, confesso que sinto falta, e a saudade por vezes é tão forte que preciso de conversar com ele.
Hoje celebra-se o dia de São José, coincidindo com o dia do Pai em alguns países da Europa. Todos recordamos a vida desse Santo... E qual o paralelismo que encontramos entre São José e os nossos Pais? Ajuda, compreensão, dedicação, carinho, afecto, preocupação... Muitas vezes teimamos em não os compreender, em pensar que tudo o que dizem está fora de moda... Não é verdade, o que eles querem é o nosso melhor, e o meu não foi/ é excepção, pois ainda hoje sinto a sua força e a sua mão protectora.
Hoje, recordarei todos os bons momentos que passei com o meu pai, pois mesmo não estando presente fisicamente, está perpetuado em mim desde e para sempre.
  • Pai, a minha sombra és tu
A cadeira está vazia, um corpo ausente
não aquece a madeira que lhe dá forma.
e não ouço o recado que me quiseste dar
e nem a tua voz forte que gritava meninos
na hora de acordar.
Ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida.
O sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colada aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face.
Pai, digo-te
a minha sombra és tu.
Jorge Reis Sá

quarta-feira, 17 de março de 2010

Segunda com popcorn

Na segunda-feira passada, ao início da noite, fui visitar a família C. como prometido. Levei as pipocas para a sessão de fotos e do filme (que não conseguimos ver) do baptizado do pequeno G. . Pequeno devido à sua idade, mas grande em estatura, compreensão e diversão. Foi um serão agradável. Colocámos a conversa em dia, rimos... O G. Não gosta do meu colo, confesso que é a primeira criança que não gosta, o que me coloca um pouco triste, mas deve ser por me ver poucas vezes e não estar habituado, mas adora que brinque com ele. Passámos minutos a brincar... tem um sorriso contagiante... E quando ele via que não estava a olhar para ele, fazia questão de olhar fixamente para mim até o fazer rir novamente. As crianças têm destas coisas: conseguem-nos alegrar nos dias menos bons e o sorriso delas contagiam-nos de tal maneira que mais nada parece existir, nem os problemas da vida. Que a boa disposição e a algria estejam sempre com ele. Para a próxima levo mais pipocas para vermos o filme...

Ausência

Depois de algum tempo ausente, sem ter escrito nada, nem as minhas famosas palavras soltas e sem nexo, regresso a este espaço, não para fazer grandes dissertações político - culturais, mas para escrever momentos e passagens da minha vida e do que me rodeia. Por vezes a falta de tempo e de paciência levam-nos a fazer momentos de interegno em todas as vertentes da nossa vida, contudo, quando voltamos ao ativo, entramos com energia e garra. É o que espero fazer aqui...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Balançar - M. Veiga

Cai-me uma pequena lágrima... De quê? ... Porquê?...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Grito de ajuda

Recebi notícias de um amigo de longa data residente na Madeira. Já o tinha tentado contactar, mas sem êxito, pois as comunicações no arquipélago não estavam a funcionar. Hoje, logo pela manhã, recebi uma mensagem a dar conta das dificuldades por que esta família amiga está a passar. Vou angariar fundo para ajudar o R. e a família a reconstruirem a casa que ficou danificada. A Natureza tem disto. Ajudemos, da maneira que nos é possível, os nossos irmãos madeirenses. Que Deus nos dê em dobro aquilo que nós damos aos outros.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cúmplices - M. Veiga

Pode não ser a melhor voz, mas as suas letras tocam-me, não para quem for insensível, claro.

Presságio

O mau tempo continua por estes lados: trânsito caótico (para piorar hoje é terça-feira, dia de feira semanal), imensos acidentes, casas e estabelecimentos comerciais inundados, ruas alagadas, pessoas a tentarem refugiar-se da chuva e do vento... A minha má disposição também continua na mesma. É fruto das condições climáticas que estamos a viver. Já tomei três cafés, mas nem assim o meu humor melhora depois de uma noite quase em branco. Onde anda o sol que tanto queria? Não apareceu nem aparecerá, pelo menos hoje, prenúncio que continuarei com este semblante carregado e com esta má disposição.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Frágil :(

O dia não foi o dos melhores. A chuva e a escuridão das nuvens têm esse efeito em mim. Senti-me sem ânimo, frágil, só, sem nada nem ninguém... Tentei tirar partido da chuva, mas nem essa me deu atenção, está de costas voltadas para mim... nem a alma me lavou. Agora ouço a chuva a cair no telhado e sinto o vento forte a querer irromper pela janela do meu quarto... Os relâmpagos aparecem como flaches, como analépses da minha vida e os trovões parecem o turbilhar do meu dia. Amanhã, quero pelo menos um raio de sol... que me alegre a alma.

Alerta Laranja

Onze distritos de Portugal estão em alerta laranja, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, devido à previsão de aguaceiros e de ventos fortes, que podem atinguir os 100km/h. Viseu é um desses distritos fustigado pelas chuvas, pelos ventos e pela trovoada. Hoje, ao início da tarde era quase impossível transitar de carro nas ruas da cidade, imagine-se a pé. O meu local de trabalho, como não gosta que se fiquem a rir, decidiu ficar inundado, pois os ralos do jandim interior estavam entupidos, e à muito ameaçavam não escoar as águas pluviais. Resultado: tarde sem trabalhar. É caso para dizer que São Pedro, quando decide abrir as suas torneiras, é para todos, sem excepção.

Éclairs

Deliciosos, não tanto como tu, como o teu ser...

Segunda

Sem vontade alguma de fazer o que quer que seja.
Apetecia-me ver o mar, falar com ele, revoltar-me muito mais intensamente do que ele anda revolto...
Mas tenho de trabalhar...
Boa semana!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um dia importante para o G.

Hoje é um dia importante, para os que acreditam, para o G. . Não vou fazer comentários acerca do ritual em si, mas espero que lhe traga frutos. Só lhe desejo tudo de bom e que a vida lhe sorria.
Espero que aproveites o presente.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Topas?



Topas?
Não topas?
Eu não topo!
Não preciso das orelhas.
:)

Fio de vida

O olhar penetrante e demorado, que me deixa desconfortável, não por não gostar, sim por não saber como reagir, invade não só a minha retina, como faz vibrar todo o meu corpo, tendo sensações de frio na espinha e arrepiando toda a derme do meu corpo. Olhas fixamente para mim, eu retribuo o olhar penetrante... Pegas-me nas mãos, quentes... leves... enquanto continuas a fitar-me... Não dizemos nada, apenas contemplamos os nossos olhares... eles dizem tudo, não há necessidade de palavras... Sinto a tua presença viva no meu pequeno fio de vida... Não precisamos do toque, dos beijos apaixonados... demorados... quentes... húmidos... pois toda a essência, profundidade do sentimento é demonstrada livremente na concretização de um pequeno toque nas nossas faces.
Que a flor à beira do precipício não morra por falta de cuidado... vamos ambos colhê-la... sem medo da queda...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mente...

Por vezes sinto que o meu cérebro é um torbilhão, sinto um peso e um cansaço tais, que mais parece um vulcão pronto a explodir a sua lava, de tão exercitado que está. Outros dias, sinto-o como uma ervilha pequena, castanha de tão seca estar. Contudo, mesmo nesses dias, gosto de exercitar o meu cérebro, como quem exercita o corpo no ginásio. A sabedoria, mesmo a sabedoria da vida e a popular, ajudam-nos a desenvolver capacidades que desconhecemos na nossa massa encefálica. O saber não ocupa espaço, por isso, lá vou eu metendo informação no meu cérebro de elefante.

Papas de sarrabulho

À primeira vista, quem não conheçe as papas de sarrabulho, vai achar que é um prato nogento (pelo aspecto e cor), como eu pensei durante anos. Mas quando se saboreia... hum... Não vão pela aparência, saboreiem... Quem gosta de sobores fortes é uma delícia. Eu rendi-me às evidências e aos sabores tradicionais do norte.

Murmúrio

Deleito-me nas tuas mãos, no teu corpo sobre o sofá... Sinto o carinho, a intensidade, a paixão com que me tocas. Fecho os olhos e ouço o murmurar das tuas palavras douradas a ressoarem como o rebentar das ondas nos meus ouvidos, palavras sentidas, românticas, audazes... Sinto o teu cheiro, sinto o teu rosto no meu peito, sinto o teu peito sobre o meu... Sinto, simplesmente!...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Queda :)

Depois da mania, vem a queda... Mesmo com óculos de sol as luzes conseguiram-no ofuscar e encandear. Ou será que foi algo que fez para ver a luz?

Momento ilariante, o melhor do programa.

Pedras

As pedras que nos aparecem pela frente, algumas pequenas, outras grandes, podem ter dois significados: podem ser pedras que só nos atrasam a vida, ou pedras que nos ajudam a sair de um caminho perigoso, tortuoso... Já tive dessas pedras na minha vida, aliás, quem nunca as teve... Neste momento, aceito a ajuda das pedras que me querem ajudar... Preciso de pedras duras, resistentes ao tempo e às intempéries... Não prescindo dessas pedras... :)

Para onde vai o A.?

Depois de tanto tempo à espera, vejo mais uma pequena luz ao fundo da minha via...
Onde estará o A. daqui a algum tempo? Uma coisa é certa, não irei andar a correr atrás das galinhas como tanto receei. :)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

For you and me

Para recordar... neste final de tarde escura e fria.

Degraus

Acordei de um sono mal dormido. Continuei na cama, quente, a ouvir música. Penso nas palavras que me dizem, fico reticente, pois a minha vida não se pauta em palavras, mas sim em atitudes, em factos... Eu não desço degraus, que os subam se quiserem... Almoçei. Voltei para a cama. O que estou a fazer em casa? Vou mas é passear: tomar café, fazer compras e ver gente que bem preciso. Bom domingo!

Estátua - Camilo Pessanha

Camilo Pessanha é a prova que nem só os da área gostam de poesia e de literatura.

Acusam-me...

Acusam-me de estar frio, distante, fechado, calculista, egocêntrico, prepotente, por vezes insolente. Mas ainda não repararam que o antigo "eu" morreu para dar lugar a este novo A.? Sou feliz assim! Devia ter tido este comportamento/ atitude a minha vida inteira. Aprendemos com os erros da vida. Já tiveram tempo de se habituar. Quero ir embora e esquecer tudo isto, esquecer a merda de vida que tenho e recomeçar do zero. Já estou cansado. Não me compreendem? Coloquem de lado! Não serão os primeiros.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Gotas de orvalho

Melancólico, rabugento, teimoso, sem paciência... Só me apetece ouvir múcica.
Mas a música que ouço faz-me chorar. Chorar faz bem, limpa a alma, o espírito e a mente.
Mas a face fica banhada, como as árvores numa manhã de inverno pelas gotícilas de orvalho.
Tal como a elas, esse orvalho também me faz bem: ajuda-me a crescer e a aprender... até me nascer uma nova alma.
Eu pago os direitos de autor. :)

Verdade ou Relativismo?

Cada pessoa só constrói o seu projecto de vida, se procura a verdade, se é um peregrino e defensor da verdade. Bloquear essa busca significa renunciar a encontrar o sentido da vida e perder-se na superficialidade do materialismo, fechando-se em relação aos outros o que nos leva à intolerância. Do ponto de vista ético, a procura da verdade leva-nos à procura do bem. A indiferença perante a verdade leva-nos ao relativismo, teoria e prática de vida, que propõe que cada um fabrique a sua "verdade", procure ser feliz à sua maneira, não se preocupando nem com a verdade em si mesma, nem com o respeito pelos outros. De facto, todos os que vivem na mentira ocultam as suas intenções, aparentam o que não é, diz o que não pensa, usa de todas as maneiras para atingir os seus fins. Nas palavras e nas atitudes cultiva a dissimulação, a duplicidade, a lisonja e a hipocrisia. Esconder factos é mentir. E quantas vezes ocultámos factos, vivências, histórias da nossa vida aos outros? Quantas vezes deixamos partes da nossa vida por contar, quando na realidade afirmamos que contamos toda a verdade? Hoje, como ontem, sei que a verdade leva a uma sociedade mais justa, a uma sociedade tolerante e tranquila, embora, por vezes, custe dizer a verdade porque não queremos ferir as pessoas... Contudo, é preferivel dizer a verdade em detrimento da mentira e do relativismo.

Acorde secreto

Preciso de um acorde secreto na minha vida, sem destruir o meu pequeno trono, sem o frio do mármore. Quero gritar o "Hallelujah" novamente. Quero voltar a sonhar e a acreditar, tal como Alexandra Burke.

Love, by Pessoa



"Love is a mortal sample of immortality."
(O amor é uma amostra mortal da imortalidade.)

Fernando Pessoa

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Do meu passado...

Duas grandes vozes da música portuguesa.

Uma simbiose perfeita.

Faz-me pensar no meu passado: aniquilado que fui...

Souls


I don't know how many souls I have.
I've changed at every moment.
(Não sei quantas almas tenho.
A cada momento mudei.)
Fernando Pessoa

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dia Mundial Contra o Cancro

Hoje, dia 4 de Fevereiro, celebra-se o Dia Mundial contra o Cancro em mais de 80 países, com o tema: «O Cancer pode ser prevenido».
Palavras para quê? É um problema que a todos diz respeito, directa ou indirectamente. Façamos campanha, junto dos nossos para que façam o rastreio, para prevenir futuras complicações.
Eu já contribuí. E tu?

Freedam





First be free; then ask for freedom!
(Primeiro sê livre, depois pede a liberdade)
Fernando Pessoa

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sonhei...

... que estava nos teus edredons de penas, bem quente, muito quente!... Sentindo as tuas formas, as nossas mãos a percorrerem os nossos corpos, as tuas pernas entrelançadas nas minhas, sentindo o teu cheiro corporal, sentindo os teus beijos deliciosos... Acordei. Mas continuei quente, no meu edredon, sozinho... mas com a sensação que o quarto cheirava a sexo... Apenas um sonho e o poder da sugestão...