sábado, 4 de julho de 2009

Deambulando


Sino que badalando
Como pétalas de jardim
O menino vais embalando
Fazendo-o de mim.

Podendo não posso ser ele;
Minha alma é tão breve.
Todo o que sou não fui aquele
Mas pesa a minha sombra breve.

Alma minha de viuvez
No mar azul como o céu
Querendo julgar, talvez
Por aquele ser eu.

Montanha e deserto
Paisagem sem fim
Caminhando não vou liberto
Do corpo sadio de mim.

Louco da minha realidade
Qual sorte de mim se aportou,
Será aquele a minha metade
Ou serei eu quem sou?

Rogério Quintalheiro
02/06/1998

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