Que vida... Mas é preciso...!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
M. N. Pe B.
Deviamos ter chegado às 16h, contudo, por causa das sobremesas, chegámos vinte minutos atrasados. Não obstante, era a primeira vez que iamos a Sendim e não sabiamos onde era a I. Parámos. Perguntámos a um grupo de senhoras que estavam na rua a conversar debaixo do calor abrasador onde era a I. As senhoras, com tom irónico disseram: «Sigam a passadeira de flores que vão lá ter!». Instalou-se uma risada geral dentro do carro, pois a pergunta tinha sido desnecessária.
Chegámos ao destino. Estrada cortada. Só nos restava estacionar e fazer o restante percurso a pé. Estavamos perto, afinal.
As pessoas começaram a olhar para nós, eramos desconhecidos na aldeia. Como a I. era pequena e havia muita gente a respirar lá dentro, decidimos vir cá para fora, pois havia altifalantes exteriores, o que nos permitiu ouvir tudo o que se passava no interior.
Finda a cerimónia, houve lugar para cumprimentos ao nosso amigo B. através de um ritual muito próprio, contudo, nós, o clube dos C., não quisemos fazer esse ritual, apenas um abraço de boa sorte. Para ser sincero, estavamos preocupados com a H1N1.
Tempo de ir jantar. Um salão envidraçado, com muita luz natural e rodeado de verde, foi o local escolhido pelo B. Uma animação só. Toda a gente se divertiu, até os P. e as F. fizeram o famoso comboio que percorreu o salão ao som de música tradicional da região.
Como já era tarde, decidimos regressar a casa, não sem antes darmos um abraço ao B. de boa sorte. Que consiga tudo aquilo que deseja, pois a sua missão não é fácil. Força, B. .
quarta-feira, 15 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Deolinda
O concerto estava marcado para o M.2M, contudo, devido às condições climatéricas instáveis, o mesmo foi marcado para o P.M.de V..
Casa cheia. A multidão presente que quis ouvir e ver a Deolinda foi de tal ordem que tiveram de abrir as arquibancadas.
Tudo a rigor: os «paninhos de renda» por cima das colunas de som, a mesa de apoio com flores e fotos, as cadeiras onde os músicos se sentaram, o candeeiro, as roupas... todo o cenário, simples, nos fazia reviver os anos 80.
A multidão vibrou, cantou, apalaudiu...
O rosto simples e, atrever-me-ia dizer, «angelical», contrastava com a grande voz da vocalista do grupo, bem como as suas expressões corporais, que enfatizavam as diferentes musicas.
Durante uma hora e meia esqueci-me de tudo, esqueci-me do mundo e das provações do mesmo.
Está de parabéns a CMV por tal acontecimento, não o único deste género, pois o verão vai estar animado com vários concertos.
sábado, 4 de julho de 2009
Deambulando

Sino que badalando
Como pétalas de jardim
O menino vais embalando
Fazendo-o de mim.
Como pétalas de jardim
O menino vais embalando
Fazendo-o de mim.
Podendo não posso ser ele;
Minha alma é tão breve.
Todo o que sou não fui aquele
Mas pesa a minha sombra breve.
Alma minha de viuvez
No mar azul como o céu
Querendo julgar, talvez
Por aquele ser eu.
Montanha e deserto
Paisagem sem fim
Caminhando não vou liberto
Do corpo sadio de mim.
Louco da minha realidade
Qual sorte de mim se aportou,
Será aquele a minha metade
Ou serei eu quem sou?
Rogério Quintalheiro
02/06/1998
Minha alma é tão breve.
Todo o que sou não fui aquele
Mas pesa a minha sombra breve.
Alma minha de viuvez
No mar azul como o céu
Querendo julgar, talvez
Por aquele ser eu.
Montanha e deserto
Paisagem sem fim
Caminhando não vou liberto
Do corpo sadio de mim.
Louco da minha realidade
Qual sorte de mim se aportou,
Será aquele a minha metade
Ou serei eu quem sou?
Rogério Quintalheiro
02/06/1998
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Primeiro banho de sol

Finalmente apanhei o primeiro banho de sol do ano e o primeiro mergulho voluntário na piscina. Foi em casa do G., com a rã de estimação que a família tem a fazer um barulho estridente, deve ser pelo facto de ter vários nomes.
Foi pouco tempo, mas valeu pela companhia.
Que o tempo passe depressa para poder usufuir mais e melhor do sol, pois parece que ele anda a tentar enganar-nos...
Sophia de Mello B. Andresen *1919 *2004

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andressen
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