domingo, 23 de janeiro de 2011

Noite

Olho, deitado, as cavacas que ardem lentamente na lareira. Sinto o seu calor no meu rosto, no meu corpo, como se me queimasse a pele. Deixo-me hipnotisar pelas lavaredas que me transportam para sensações que me arrepiam a pele. Sinto o corpo quente, abrasador, iluminado como as brasas que se acumulam no fundo da lareira. Deixo-me ficar estático, imóvel, a olhar a beleza do lume, enquanto continuas ao meu lado, sentindo o quão quente está o meu corpo. Olhas para mim, os teus olhos reflectem a chama que sai da lareira. O vinho está tão quente quanto nós... brindamos... degustamos o vinho tinto maduro. Esboças um sorriso, colocas as tuas mãos sobre o meu rosto, e o mundo termina para nós...

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