Este ano, ao contrário dos anteriores, decidi comprar os presentes de Natal antecipadamente: ontem.Confesso que o espírito natalício não reside em mim, por vários motivos que não irei apontar, como devem calcular. Decidi não ser tão materialista, tão consumista. Apenas presentes para o meu G., para a mãe, irmã, cunhado e uma ou outra lembrança.
Decidi não gastar nada comigo. Em vez de me mimar com algo, que seria bem merecido, decidi fazer feliz uma criança desconhecida. Fui aos CTT buscar uma carta de um menino que escreveu ao Pai Natal. É comovente ver a lista de presentes que uma criança de sete anos faz: apenas um brinquedo (não especificado), umas calças e uma camisola para o frio. Não resisti... Ofereci muito mais do que isso, com carinho e amor.
Não quero ser demagogo, mas se todos fizessemos o mesmo, se não olhassemos só para os nossos, se não nos acomodássemos no calor das nossas casas, e olhássemos um pouco para o mundo que nos rodeia, poderiamos fazer muitas crianças felizes, pelo menos um dia por ano. Oferecer o que não nos faz falta não é sacrifício nehum... mas oferecer o pouco que nós temos... aí sim... é um gesto de bondade.
Preparemos os nossos corações, pois só com o coração isento de ódio, de rancor, é que poderemos festejar verdadeiramente o Natal.
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