Com um lápis gasto na mão
E com papel amarelado pelo tempo,
Ía descervendo os sentidos e vivências.
Encontrando-me num local desconhecido,
Mas completamente reconhecível,
Parecia causar-me um medo terrível
Devido ao seu silencioso silêncio.
Silêncio vulcânico...
Para onde a minha retina pendia
Sentia um mistério escondido e ocultado.
Toda aquela ausência de ruído
Revoltava-me as entranhas...
Consumia-me o intelecto...
Não bastando, já, o ruidoso silêncio,
Que seguindo os meus passos não me abandonava,
Levantava-se a dúvida de nunca mais...
Poder contemplar a vida terrena...
Saí do sonolento sono em que me encontrava.
E o silêncio perdurava...
Na realidade, não era um silêncio medonho...
Mas um silencioso silêncio
Onde se guardavam recordações...
Lembranças...
Da vida passada...
Rogério Quintalheiro
1 comentário:
fecit lucem, amicus!
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