
Nas noites frias e cinzentas, noites que passo sozinho, aquecem com o alento da recordação do teu rosto, com a esperança de no dia seguinte te encontrar e te abraçar. Querendo ou não, és o meu antíduto para a boa disposição, para a minha alegria.
No calor da noite, mesmo sendo ela fria, escura e desconfortante... não me canso de te agarrar, de te acariciar, de beijar o teu ombro e de acariciar as tuas pernas entrelançadas nas minhas.
As poucas horas que passamos juntos, são um conforto imenso, são momentos que trago comigo, tal como o dia em que nos cruzamos.
Quando o cansaço, por fim, se aperta de nós, o meu semblante por vezes muda. Não é maldade, é saber que te queria nos meus braços, no meu colo, no meu regaço, por muito mais tempo.
Ambos fazemos esforços. esforços a todos os níveis. Tudo aceito, mas sei que esse esforço não se refere à relação que temos, mas sim ao esforço da vida para que o futuro seja mais rizonho.
Estranha forma de te dizer as coisas, esta.
Mas... Tu sabes.